Fazer, em cada noite, da palavra silêncio, vento, nuvem, mar, serra. árvore, flor e pedra a nossa canção de embalar.
sonharemos poemas e acordaremos feitos
TERRA, ÁGUA, BRISA, RAIZ e INFINITO
Sono coloquial
Da velhice
Sempre invejei
o adormecer
no meio da conversa.
Esse descer de pálpebra
não é nemidade nem cansaço.
Fazer da palavra um embalo
é o mais puro e apurado
senso da poesia.
- Mia Couto, em "Idades cidades divindades". Lisboa: Editorial Caminho, 2007.
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