Saudar com respeito, reconhecer e agradecer às plantas, ao senhor da chuva que nos permitiu fazer o passeio sem grandes molhas.
Levar um cesto e saber colher com cuidado, atenção e orientação do que é comestível e do que é tóxico.
Querem saber o que leva ela na alcofa? Leva muitas urtigas, verdinhas, soculentas e prontas a ser usadas em batidos, sopas ou omeletes. Provámo-las cruas e sabiam bem. Também leva umbigos-de-vénus (
Umbelicus rupestris)
E na mão o que segura? Erva-das-azeitonas ou Calaminta (
Calamintha nepeta)
Para que serve? Para temperar azeitonas mas também para problemas digestivos e dores menstruais devido principalmente ao composto pulegona também encontrado nos poejos
Mentha pulegium. É um estimulante uterino e portanto abortiva, não recomendada a grávidas.
Calêndula arvensis pousada num belo caderno de campo.
Para que serve a calêndula? para cicatrizar feridas e tratar vários problemas de pele.
Para que servem estes grupos de pessoas?
Para perceber que partilhar este conhecimento das plantas medicinais é útil e contagia muita gente: Chefs de cozinha, médicos, aprendizes de naturopatia e simples amantes da Natureza.
Disfrutamos também da paisagem à volta de Colares sempre ou quase sempre com belas vistas e grande diversidade de plantas.
O que encontramos?
Morugem (
Stelaria media), chagas (
Tropaeolum majus) ou capuchinhas, labaças (
Rumex crispum), cavalinha (
Equisetum sp), silvas (
Rubus fruticosus), azedas (
Oxalis sp), sobreiros (
Quercus suber), prunela (
Prunela vulgaris), calaminta (
Calamintha nepeta), ipomeia (
Ipomea sp), trompete-de-anjo (
Brugmansia sp), dedaleira
(Digitlis purpurea), sabugueiro
(Sambucus nigra),dragoeiro (
Dracaena draco) castanheiros (
Castanea sativa) e nem me lembrei de dizer que as folhas dos castanheiro também são medicinais. E outras tantas que não me recordo.